sábado, 15 de maio de 2010

In the sky with diamonds

Tal como a sombra, o amor corre de quem o segue: foge, se o perseguis; se fugis, vos persegue.


Shakespeare
O céu estava estrelado, o ar estava fresco, ambos estavam deitados na grama, seus dedos entrelaçados com um ar de ternura.
- Nunca soube ver constelações.
- Deve ser porque você é míope.
Silêncio.
- Quando eu vier de óculos, você me ensina á ver constelações?
- Talvez.
- Você já me ensinou tanta coisa, não custa.
- Mas você nunca me agradeceu.
Silêncio.
- Mas mesmo assim você sempre esteve ao meu lado.
- É porque eu te amava.
- E não ama mais?
- Não sei, as vezes a gente cansa de olhar para a estrada á espera de alguém para lhe buscar e não ver ninguém.
Ficaram em silêncio, apenas observando as estrelas, cujo o brilho pareciam diamantes. Involuntariamente ela apertou a mão dele.
- Quando eu olho em seus olhos eu me sinto segura.
Ele permaneceu imóvel e calado.
- Eu demorei muito á chegar?
Talvez ele estivesse pensando, pois demorou muito á reagir, somente após um tempo ele virou seu corpo, aproximou-se da menina e ergueu-se, selando seus lábios delicadamente.
- Uma segunda chance?
Não respondeu-a, deu lhe outro beijo e em seguida deslizou seu corpo, deitando sua cabeça sobre o peito da mesma, podendo ouvir seu coração. Talvez fosse uma resposta. Não uma segunda chance, e sim terceira, quarta... Quando a gente ama mesmo, damos mais chances do que é certo (ou que julgamos certo), acreditamos que nossos sonhos podem se tornar realidade. As vezes não custa tentar.

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